“O contrário de eficiência é ineficiência”

Adriana Fernandes, @afetoterapia

Ter uma deficiência não significa ser ineficiente. E assim eu começo a abordar esse tema lindo que é a Disciplina Positiva para crianças com deficiência.

Hoje, uma das condições fundamentais em nossa sociedade é saber como educar e incluir crianças com deficiência. Após a lei da inclusão social, algumas escolas se veem obrigadas a aceitar a criança mesmo com a falta de capacitação de profissionais. Os profissionais de educação, por sua vez, são tão mau remunerados, que não dispõem de rendimentos financeiros para que possa se qualificar fazendo cursos de especializações na área.

A Disciplina Positiva chega como um acalento para as famílias e profissionais porque a Disciplina Positiva não é uma especialização, mas sim uma abordagem de educar que pode ser aprendida a quem tiver interesse.

Os objetivos primários da Disciplina Positiva para crianças com adolescentes são :

  • Contribuir com conhecimentos específicos sobre comportamentos desafiadores que pais e professores de crianças com deficiência enfrentam e oferecer a eles uma orientação direta para dar suporte às crianças de maneira positiva.
  • Ensinar a enxergar além dos diagnósticos;
  • Acreditar no potencial de cada criança , independente do seu estágio de desenvolvimento;
  • Fortalecer o senso de aceitação e importância da criança.

A Disciplina Positiva para crianças com deficiência tem sido abordada por alguns especialistas certificados em Disciplina Positiva da área da saúde, porém ela ainda é pouco conhecido e divulgado entrei os pesquisadores da área da educação. Há poucos livros publicados que tratam da importância da Disciplina Positiva para crianças com deficiência e o único livro que conheço até hoje é o Disciplina Positiva para crianças com deficiência de Jane Nelsen.

A forma que a Disciplina Positiva enxerga o papel da educação é uma grande quebra de paradigma e convida nossa sociedade a considerar uma nova mentalidade de educar em uma era de expansão tecnológica, pais super ocupados e crianças cada vez mais diagnosticadas em escolas e consultórios. Infelizmente, a maioria das escolas insiste em ensinar via punição e recompensa, os profissionais de saúde em rotular e medicar, e assim não se renovar frente às necessidades da atualidade. É preciso que não sejamos mais enganados pelos resultados imediatos que as ameaças e prêmios podem proporcionar a curto prazo, e estejamos mais dispostos a aprender abordagens que produzem resultados a longo prazo.

Não são as crianças que estão doentes, mas a nossa falta de preparo e de ferramentas para responder de maneira proativa aos diferentes estilos de aprendizagem e diversidade humana. Não são as crianças que estão malcomportadas, somo nós que não sabemos acolher crianças desencorajadas. Não são as crianças que têm deficiências, é a nossa visão sobre inclusão e diversidade que está deficiente. (Disciplina Positiva para crianças com deficiência , p. XVII)

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Fonte: Nelsen, Jane. Disciplina Positiva para crianças com deficiência. Manole, 2019


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Juliana Palma

Pedagoga e Ma em Educação. Especializada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Análise do Comportamento, Terapia Aba e Altas Habilidades. Acadêmica do curso de Nutrição na Universidade Estácio de Sá. "Descobri o TDAH aos 33 anos e hoje me dedico a ajudar outros adultos na avaliação e na intervenção do transtorno." Atendo de forma online, crianças, adolescentes, adultos e idosos do mundo todo, que buscam superar as dificuldades de aprendizagem nos estudos ou em sua carreira.

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