Encorajamento em inglês significa “O que sai do coração.” Também é formado pela coragem interior.

Em português, significa ânimo, coragem, estímulo. Eu achei mais bonitinha a versão em inglês. Enfim, O encorajamento, portanto, deve sempre começar do lado de dentro, do mais íntimo, do Coração. Encorajamento é aceitação, é se conhecer, é se amar!

Eu escolhi falar sobre o encorajamento ao invés da motivação, porque a motivação pode vir de dentro ou de fora…e as vezes ficamos condicionados a esperar que algo ou alguém nos motive. Já o encorajamento vem de dentro, vem do coração e tem tudo a ver com aceitação e empoderamento.

Trecho do Livro Autoconsciência, aceitação e o princípio do encorajamento

Quando ainda somos muito pequenos nós tomamos algumas decisões sobre nós mesmos. Ainda na tenra idade nós acumulamos uma grande quantidade de decisões sobre nós mesmos no nosso subconsciente.. Essas decisões não formam quem somos de verdade, mas interferem na forma como fazemos nossas escolhas.

Eu vou te explicar melhor: Você contrataria uma pessoa de três anos para fazer a planta da sua casa dos sonhos? Não né? No entanto, a sua vida toda é baseada num projeto de vida criado por você mesmo quando ainda era uma criança muito pequena.

Claro que muitas dessas decisões foram inconscientes, mas elas começaram a ser tomadas no momento em que você nasceu e continuaram sendo projetadas durante toda a sua infância e adolescência.

As experiências que vivemos e as crenças que formamos durante ao longo da vida, formaram o que hoje nós somos na vida adulta.

E é claro, que hoje você encontra algumas falhas nesse projeto como por exemplo, insegurança, complexo de inferioridade, medo da opinião dos outros e de expor as suas opiniões, se sente talvez que não é amado pelos seus pais, como seus irmãos são, entre outras emoções cruéis que não aprendemos a gerenciar na infância e que hoje vem a tona em diferentes aspectos de nossas vidas. Na escola, no trabalho, nos nossos relacionamentos e também na educação dos nossos filhos.

Isso acontece porque crianças são ótimas observadoras, mas péssimas intérpretes das situações. Todos nós temos traumas, mas viver a sombra deles ou superá-los é uma decisão que só você é capaz de tomar.

Quando repassamos o problema na nossa mente nós criamos um mapa mental de nossas experiências e damos ao nosso cérebro a oportunidade de entender o que aconteceu e encontrar a solução. Isso se chama integrar o cérebro e torná-lo um cérebro positivo!

Por exemplo: você pode ter sido uma criança que apanhava na infância quando tirava notas ruins nas provas, e por isso tem muita dificuldade de pensar quando está sob pressão. Ou quando seu filho vai mal na prova, seu gatilho emocional é ativado e você reage como seus pais reagiram com você, mesmo você não querendo.

Nesse caso, repasse esse episódio que você viveu na infância, e valide os sentimentos da sua criança interior dizendo: “você não consegue se sair bem na prova não é? E por isso tem muito medo de seus pais, pois eles batem em você não é mesmo? Sei que você está muito assustada, mas eu estou aqui com você agora e tudo bem estar assustada,eu também estaria no seu lugar”. Talvez seus pais não fizeram a melhor escolha ao te bater para que tirasse notas boas, mas essa era a única ferramenta que eles tinham e que acreditavam que funcionava, tudo que seus pais desejavam era que você se saísse bem, que você prosperasse. Eles não souberam te dizer isso do modo correto, e por isso você cresceu assustado. Mas agora que você é adulto, você tem a oportunidade de fazer diferente com seus filhos. Tá tudo bem, perdoe seus pais e siga em frente. Você é capaz de conseguir. Eu acredito em você.

Quando damos tempo ao nosso cérebro para processar episódios traumáticos e encontrar uma solução, nós criamos conexões cerebrais que nos ajudarão a lidar com esses sentimentos em outras situações parecidas. Por isso que cuidar de sua criança

interior é encorajar você a seguir os seus caminhos e ser o protagonista de sua vida.

Você já parou para pensar que somos os piores sabotadores de nós mesmos?

Vamos sair um pouquinho da parentalidade e focarmos em você…

Você é daquele tipo de pessoa que passa a vida sonhando com seus projetos, suas viagens, mas na hora de tirá-los do papel tem medo do que pode dar errado, ou fica com medo do que as pessoas podem pensar? Se arrepende de coisas do passado, principalmente das oportunidades que perdeu?

Por várias e várias vezes eu desenhei um projeto e na hora de tirar do papel me sentia uma impostora. Era como se eu me enxergasse uma impostora. Eu simplesmente não valorizava minhas qualidades e nem meu conhecimento adquirido através de estudos e tampouco minha experiência como mãe de duas crianças. Foi quando tive um estalo e pensei: “Por que estou sendo tão severa comigo? Porque estou sendo tão exigente? Por que é difícil para mim acreditar que sou capaz? Por que sempre acho que os projetos dos outros são melhores que os meus?

E quantas vezes eu desisti dos meus projetos? E quantas vezes desistimos das coisas que mais queremos por medo do que os outros irão pensar?

Síndrome do impostor

Ao longo da nossa vida, pensamos e criamos várias situações em nossas cabeças. É natural que a gente imagine o futuro, ou pense como poderíamos ter agido no passado. Mas o problema é que continuadamente esquecemos ou não damos a devida importância ao presente.

E muitas, incontáveis vezes, deixamos de vivê-lo!

E o nome disso é medo!

É exatamente disso que estou falando! Quantas vezes você deixou de realizar algo hoje, com medo do que as pessoas pensariam depois?

Esses medos, na verdade nada mais são do que pré julgamentos, pré-conceitos e crenças que você já desenhou na sua mente quando você ainda era uma criança. Esses medos nada mais é do que a vulnerabilidade humana. Todos nós somos vulneráveis, porém é difícil aceitar isso. E mais difícil ainda é expor nossa vulnerabilidade para o mundo. E isso é um grande erro. Pois ser vulnerável significa arriscar. E quem não arrisca não petisca, ou seja, quem tem medo de arriscar não experimenta o sucesso. O poeta Elbert Hubbard dizia assim: “Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada.” E o que ele queria dizer era que você pode levar uma vida sem julgamentos escondendo sua vulnerabilidade e em troca disso você não terá vivido.

E o que eu quero dizer com tudo isso é que para sermos bons pais e boas mães nós precisamos nos conhecer, nos aceitar e nos encorajar, nos amar e sim, precisamos ser vulneráveis.

Pense por um segundo junto comigo:

O que faz com que pessoas acordem todas as manhãs e saiam em busca dos seus sonhos?

O que faz com que alguém aposte todas as suas fichas em algo que ninguém acredita?

Qual o segredo e, de onde vem essa força sobrenatural que faz com que algumas pessoas acreditem em si mesmas? E porque é tão difícil pra você acreditar em você mesmo?

Eu vou te dar algumas respostas: O segredo é ter a coragem de acreditar, a coragem de ser imperfeito e a coragem de ser vulnerável.

Talvez o sucesso aconteça pra você quando você decidir enfrentar seus medos.

E consista em você se descobrir, se redescobrir, se quebrar e se juntar, mil vezes se for preciso.

Talvez o sucesso esteja no fracasso da sua carreira que não decolou tão alto quanto os seus sonhos. Porém, fez com que você aprendesse algo.

E talvez você encontre o sucesso no meio do caminho quando descobrir que pode tudo! E que você pode inclusive tentar!!

Talvez o sucesso aconteça quando você perceber que o fracasso não é mais tão ruím. E que receber um não é melhor do que carregar consigo a interrogação da dúvida e que um erro é mais um aprendizado.

E então talvez você descubra que a chave do sucesso não é ser bem sucedido. A chave do sucesso é ser bem realizado. É realizar!

É não ter medo do fracasso. É seguir seus sonhos.

É aceitar quem você é, o que você quer, e agarrar os desafios sem medo de errar.

Porque você sabe que errar é aprender.

E com isso eu quero terminar dizendo para que você tenha a coragem de ser imperfeito, de aceitar quem você é, de assumir riscos e adquirir novos comportamentos e principalmente de deixar no passado o que ficou no passado porque você é o responsável por escrever a partir de hoje a história da sua vida.

Sejam ótimos pais, sejam ótimos amigos, sejam ótimos profissionais, mas não sejam perfeitos.

A sua tarefa hoje é simplesmente acreditar em você!


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Juliana Palma

Pedagoga e Ma em Educação. Especializada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Análise do Comportamento, Terapia Aba e Altas Habilidades. Acadêmica do curso de Nutrição na Universidade Estácio de Sá. "Descobri o TDAH aos 33 anos e hoje me dedico a ajudar outros adultos na avaliação e na intervenção do transtorno." Atendo de forma online, crianças, adolescentes, adultos e idosos do mundo todo, que buscam superar as dificuldades de aprendizagem nos estudos ou em sua carreira.

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