Nós adultos, estamos realmente perdidos. Uma hora punimos, castigamos e humilhamos nossos filhos para educar, e depois fazemos elogios para elevar sua autoestima. Que grande incongruência!

Jane Nelsen diz que acredita ser um desserviço às crianças ao acreditar que podemos dar autoestima a elas, e eu concordo.

Assista ao vídeo abaixo para entender melhor

Houve um movimento na nossa geração onde uma chuva de especialistas nos diziam que deveríamos elogiar nossos filhos por meio de frases, adesivos e carinhas felizes. Todo mundo abraçou essa ideia e os elogios começaram a aparecer sem sentido nenhum.

Por exemplo: Seu filho faz um desenho horrível e você diz:

“Que lindo!”

O que você pode estar ensinando a seu filho? A mentir para agradar, ensinando pouco senso de habilidade e vício em aprovação.

Em vez de elogios vazios, você poderia dizer para seu filho:

“Estou vendo seu desenho. De onde surgiu a ideia para fazê-lo?”

E aí, parar e ouvi-lo, porque ouvir sua ideia é demonstração de atenção e apoio. Uma vez que dessa forma seu filho se sentirá encorajado por sua atitude e não pelo seu desenho.

Quando você elogia um desenho (feio) e seu filho sabe que está feio (claro que isso varia de acordo com seu desenvolvimento cognitivo e motor), você não estará passando nada de bom e de encorajador para ele.

Vamos usar o exemplo de dois irmãos:

O filho mais novo faz um desenho e mostra para sua mãe, que diz:

“Que lindo!” 

E logo em seguida sua irmã olha o desenho, ri e pergunta:

“O que é isso? Que desenho feio! Nem consigo entender o que é!”

A cabeça da criança ficará confusa e finalmente ela vai focar no negativo, pois essa é a tendência do cérebro (seguir o sistema de alerta).

É por isso que elogios vazios são contraprodutivos. Os elogios positivos ou encorajamento focam na atitude e não no resultado. Portanto, elogiar a ação é mais eficaz do que elogiar apenas o produto final.

Os elogios vazios não produzem autoestima, produzem vícios em aprovações.

Que tal ajudar seu filho aumentar a percepção sobre ele, focando em suas ações e não apenas no resultado final?


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Juliana Palma

Pedagoga e Ma em Educação. Especializada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Análise do Comportamento, Terapia Aba e Altas Habilidades. Acadêmica do curso de Nutrição na Universidade Estácio de Sá. "Descobri o TDAH aos 33 anos e hoje me dedico a ajudar outros adultos na avaliação e na intervenção do transtorno." Atendo de forma online, crianças, adolescentes, adultos e idosos do mundo todo, que buscam superar as dificuldades de aprendizagem nos estudos ou em sua carreira.

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