Não existe um teste único para diagnosticar o TDAH. Portanto, uma avaliação abrangente é necessária para estabelecer um diagnóstico, descartar outras causas e determinar a presença ou ausência de condições coexistentes. Tal avaliação requer tempo e esforço e deve incluir uma história cuidadosa e uma avaliação clínica do funcionamento acadêmico, social e emocional do indivíduo e do nível de desenvolvimento.

Existem vários tipos de profissionais que podem fazer uma avaliação para rastrear o TDAH, incluindo psicólogos clínicos, psicopedagogos, assistentes sociais clínicos, enfermeiros, neurologistas, psiquiatras e pediatras. Independentemente de quem faz a avaliação, é necessário o uso dos critérios diagnósticos do DSM-5 para TDAH. É importante saber que no Brasil, o único profissional capaz de diagnosticar o TDAH, é o médico.  Isso não invalida a avaliação dos outros profissionais, como o psicólogo e o psicopedagogo. Aliás, essas avaliações são extremamente necessárias para que o médico posso fazer um diagnóstico correto, bem como prescrever o melhor tratamento. 

Determinar se uma criança tem TDAH é um processo complexo. Muitos problemas biológicos e psicológicos podem contribuir para sintomas semelhantes aos exibidos por crianças com TDAH. Por exemplo, ansiedade, depressão e certos tipos de dificuldades de aprendizagem podem causar sintomas semelhantes. Em alguns casos, essas outras condições podem realmente ser o diagnóstico primário; em outros, essas condições podem coexistir com o TDAH. Uma história completa deve ser obtida dos pais e professores e, quando apropriado, da criança. Listas de verificação para classificar os sintomas de TDAH e descartar outras deficiências são frequentemente usadas pelos médicos; esses instrumentos levam em consideração comportamentos apropriados à idade e mostram quando os sintomas são extremos para o nível de desenvolvimento da criança.

Para adultos, o diagnóstico também envolve a coleta de informações de várias fontes, que podem incluir listas de verificação de sintomas de TDAH, escalas padronizadas de classificação de comportamento, uma história detalhada do funcionamento passado e atual e informações obtidas de membros da família ou outras pessoas importantes que conhecem bem a pessoa. O TDAH não pode ser diagnosticado com precisão apenas a partir de breves observações no consultório ou apenas conversando com a pessoa. A pessoa nem sempre pode apresentar os sintomas de TDAH no consultório, e o diagnosticador precisa fazer um histórico completo da vida do indivíduo. Um diagnóstico de TDAH deve incluir a consideração da possível presença de condições concomitantes.

Como parte da avaliação, o médico deve realizar um exame completo, incluindo avaliação da audição e visão para descartar outros problemas médicos que possam estar causando sintomas semelhantes ao TDAH. Em casos raros, pessoas com TDAH também podem ter uma disfunção da tireoide. Diagnosticar TDAH em um adulto requer uma avaliação da história de problemas na infância nos domínios comportamental e acadêmico, bem como o exame dos sintomas atuais e estratégias de enfrentamento.

Na área da psicopedagogia, eu realizo a avaliação em adultos através de uma bateria de testes que envolvem aspectos cognitivos, funcionais, emocionais e comportamentais, bem como análise completa de seu histórico de vida, desde o nascimento até a vida adulta. 

Já para a avaliação de crianças e adolescentes, além desses testes, também é traçado o perfil sensorial e uma avaliação completa do neurodesenvolvimento.

Referências: 
Muitas informações desse texto foram traduzidas de sites ou livros importantes e renomados. Para aprender mais e beber direto da fonte consulte: 
https://chadd.org
https://add.org/
Barkley, RA. (2014).  Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, quarta edição: Um manual para diagnóstico e tratamento. Nova York, NY: Guilford Press.
Wolraich, M. & DuPaul, G. (2010). Diagnóstico e gerenciamento de TDAH: um guia prático para a clínica e a sala de aula.  Baltimore, MD: Brooks Publishing.
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.     www.cdc.gov/ncbddd/adhd/diagnosis.html

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Juliana Palma

Pedagoga e Ma em Educação. Especializada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Análise do Comportamento, Terapia Aba e Altas Habilidades. Acadêmica do curso de Nutrição na Universidade Estácio de Sá. "Descobri o TDAH aos 33 anos e hoje me dedico a ajudar outros adultos na avaliação e na intervenção do transtorno." Atendo de forma online, crianças, adolescentes, adultos e idosos do mundo todo, que buscam superar as dificuldades de aprendizagem nos estudos ou em sua carreira.

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