A aceitação e importância são os objetivos primários de todas as pessoas, incluindo as crianças. Isso é tão importante que um senso de conexão ( ou a falta de) é o indicador primário do quão bem as crianças estão indo na escola, tanto na parte acadêmica quanto na social. 

Punir as crianças pela forma como elas estão se sentindo não as ajuda a sentirem-se aceitas e importantes.  Essa é uma das razões pelos quais as punições não são efetivas a longo prazo. Crianças que vem sendo punidas não são gratas pelas surras que levam. Quando os adultos afirmam que são gratos a seus pais pelas surras que levaram, eles na verdade estão buscando uma razão para não admitir o impacto emocional negativo que ter sido machucados por aqueles que deveriam lhes proteger, causou.

Muitos adultos ainda estão presos no modelo de educação tradicional e temem que seus filhos se tornem adultos egoístas e ruins, por isso usam as punições “em nome do amor”. Eles também não conseguem acreditar em uma educação sem punição porque acreditam que a única forma de educar sem punição é com a permissividade. E dessa forma perder o controle sobre a criança. 

Adultos também acham a punição mais fácil. Ninguém precisa ensinar um adulto como funciona a punição, ele já sabe como funciona desde a sua infância. E a última a razão que vou dar aqui é que por mais que os adultos tenham uma consciência de que punição não funciona, eles não sabem o que podem fazer para educar, além de punir. ( Jane Nelsen).

Punições ensinam violência, dissimulação, baixa autoestima e muitas outras habilidades negativas. Muitas pesquisas confirmam essas informações. Para saber mais, basta dar uma “googlada sobre os efeitos das punições a longo prazo”. 

Como educar sem punir e garantir que as crianças desenvolvam habilidades importantes para se tornarem um adulto de sucesso?

  1. eliminado a punição
  2. eliminando a permissividade
  3. oferecendo escolhas limitadas

  1. oferecendo oportunidades para as crianças desenvolverem as sete percepções e habilidades significativas
  2. envolvendo as crianças no processo de limites
  3. fazendo perguntas curiosas
  4. usando frases gentis e firmes

Para refletir:

Lembre-se de uma situação em que você trata seu filho de forma desrespeitosa. Como você se sentiria se seu pai ou sua mãe te tratasse assim? Você acharia que sua mãe ou seu pai estavam do seu lado?

Como mãe ou pai, o que você poderia fazer diferente nessa situação?

Fonte:

Nelsen, Jane. Disciplina Positiva. 3ª. Edição revisada e atualizada. Editora Manole



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Juliana Palma

Pedagoga e Ma em Educação. Especializada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Análise do Comportamento, Terapia Aba e Altas Habilidades. Acadêmica do curso de Nutrição na Universidade Estácio de Sá. "Descobri o TDAH aos 33 anos e hoje me dedico a ajudar outros adultos na avaliação e na intervenção do transtorno." Atendo de forma online, crianças, adolescentes, adultos e idosos do mundo todo, que buscam superar as dificuldades de aprendizagem nos estudos ou em sua carreira.

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