A intervenção psicopedagógica é um instrumento terapêutico e, como tal, necessita ser bem enquadrado em uma linha teórica e na experiência prática do psicopedagogo. O profissional precisa possuir sólida formação, incluindo subsídios psicanalíticos, e autoanálise para poder aceitar este trabalho e dar conta do mistério que cerca a natureza humana.

O objetivo da intervenção psicopedagógica é que o paciente possa ganhar autonomia em aprender e resgatar o prazer de aprende.

Intervenção Psicopedagógica

Na clínica psicopedagógica, fazemos terapia de aprendizagem. A atuação profissional é interventiva de modo que o terapeuta se coloque entre o cliente e os estímulos para os quais necessita ser direcionado, tendo em vista a potencialização ou a remediação de seu processo de aprendizagem.

No caso específico da Psicopedagogia, quando o paciente for um adulto ou um idoso, é imprescindível que o terapeuta tenha em mente que a metodologia utilizada com este tipo de público não pode ser a mesma usada com crianças. É preciso que se conheçam técnicas e métodos de estimulação cognitiva indispensáveis para potencializar ou remediar aprendizagens. Não nos esqueçamos de que muitos adultos que procuram o tratamento psicopedagógico não chegam aos consultórios com queixas de dificuldades, mas possuem o desejo de melhorar o processo de aprendizagem, porque julgam que é fundamental para que mantenham seu trabalho e seus estudos. Por isso, o psicopedagogo precisa conhecer sobre cognição, compreendendo que este conceito é distinto daquele de inteligência.

TÉCNICAS E MATERIAIS DE INTERVENÇÃO

TMCE e EAM 

As teorias que dão suporte a esse programa são de domínio público e podem ser ensinadas e estudadas pelos interessados. O princípio básico da TMCE é coerente com a Psicopedagogia na medida em que, segundo Feuerstein (1994), a crença na capacidade humana de aprender e de alterar padrões de comportamento é condição sine qua non para que a mudança ocorra. 

Técnicas literárias

Técnicas literárias são aquelas que utilizam os recursos da linguagem escrita, como diversos gêneros textuais, quadrinhos com legenda ou sem legenda, propagandas, enfim, tudo que possibilite a elaboração escrita. Veja o que Giordano nos traz em relação a uma destas técnicas: Um dos maiores desafios da intervenção Psicopedagógica, a meu ver, é o desenvolvimento de competências e habilidades da linguagem (oral, leitura/ escrita e interpretação) utilizando instrumentos que se mostrem eficientes e eficazes tanto do ponto 

Escrita Terapêutica

Uma técnica de autoconhecimento que pode ser usada como instrumento de intervenção com adolescentes e adultos é a linha de vida. Trata-se de fazer um resumo dos acontecimentos marcantes na vida, tais como: mudanças, doenças, namorados, grandes amigos, nascimentos, mortes etc.

Jogos

Os jogos são utilizados por diversos profissionais para garantir o prazer na atividade terapêutica e possibilitar que o cliente se ponha em trabalho quando os recursos de linguagem oral ou escrita não são bem-aceitos.

Arteterapia

As técnicas da arterapia trabalham a criatividade utilizando palavras, gestos, expressão dramática, representação simbólica e materiais plásticos, como tintas, lápis de cor, adereços de vestuário etc. 

A argila é um material plástico de grande utilização nos trabalhos clínicos, pelas possibilidades que apresenta na produção de objetos tridimensionais.

O recorte e a colagem é uma técnica simples de ser utilizada, com recursos disponíveis e de baixo custo. Usamos uma folha de papel pardo, diversas revistas, tesoura, cola e lápis de cor. 

Na Psicopedagogia, a arterapia é usada para desenvolver centramento, atenção, concentração, percepção e intuição, despertando insights sobre o próprio processo de aprendizagem.

Musicoterapia

A musicoterapia ativa áreas do cérebro como o córtex, amígdala, cerebelo, hipocampo e etc. Essas áreas são importantes para a aprendizagem e quando estimuladas melhoram a atenção, concentração e a memória.

Exercícios potencializadores do cérebro

Os exercícios cognitivos e os estímulos positivos dos pensamentos e reflexões  quando ativados criam conexões neurais que potencializam a memória, o foco e a concentração.


What's Your Reaction?

divertido divertido
1998
divertido
inspirado inspirado
1665
inspirado
feliz feliz
999
feliz
oh meu Deus oh meu Deus
3330
oh meu Deus
motivado motivado
2331
motivado
gostei gostei
666
gostei
Juliana Palma

Pedagoga e Ma em Educação. Especializada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Análise do Comportamento, Terapia Aba e Altas Habilidades. Acadêmica do curso de Nutrição na Universidade Estácio de Sá. "Descobri o TDAH aos 33 anos e hoje me dedico a ajudar outros adultos na avaliação e na intervenção do transtorno." Atendo de forma online, crianças, adolescentes, adultos e idosos do mundo todo, que buscam superar as dificuldades de aprendizagem nos estudos ou em sua carreira.

0 Comments

Leave a Reply